A fogueira remete às conversas em roda, onde comemos, conversamos e contamos histórias, do sabat às nossas festas juninas. Ao mesmo tempo, ela é símbolo histórico de perseguição, caça às bruxas e queima de hereges. Aqui no lado b, a fogueira é uma seção em áudio com convidadas e convidados compartilhando sobre perseguição, cancelamento, a vida após o peak trans (na academia e fora dela), o que isso tudo tem a ver com o atual estágio de disrupção das relações bióticas e outros papos de interesse feminista e ecológico. Meu objetivo é navegarmos juntas pela complexidade da caça às bruxas da era ciborgue em meio à crise epocal do capitalismo.
Março não teve na fogueira porque foi um mês atipicamente corrido, mas voltamos à programação com Georgia Faust, doutoranda pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que está sofrendo perseguição política após fazer um vídeo crítico à uma infeliz “performance” na Universidade Federal do Maranhão em 2024 que viralizou na internet e foi amplamente criticada por pessoas das mais diferentes realidades. Georgia foi expulsa de dois grupos de estudos sobre Teoria da Reprodução Social e está levantando recursos para abertura de processo legal por reparação com apoio da Matria. Doe qualquer valor para matria@associacaomatria.com.
No papo, nós falamos sobre esse caso e muito mais, incluindo como levar a sério a revisão por pares nas Ciências Humanas depois de coisas como essa serem publicadas e por que Foucault não concordaria com o policiamento de likes. Para quem ficar até o fim, tem caso de família. Dá o play!
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