No painel dois da mesa Let’s talk about sex baby! Why biological sex remains a necessary analytic category in anthropology (Vamos falar sobre sexo, baby! Por que o sexo biológico continua sendo uma categoria analítica necessária na antropologia), a Dra. Elizabeth Weiss explica o binarismo do sexo humano, bem como o dimorfismo sexual, por meio da antropologia física, especificamente por meio de estudos dos ossos.
Em 15 minutos, ela explica como é possível identificar o sexo de um indivíduo falecido usando ossos diversos do corpo com altíssimas taxas de precisão mesmo quando este passou por anos de processo de transição médica e fez cirurgias de modificação óssea, contra-argumenta a ideia de que povos passados não consideravam o sexo binário, desmistificada a condição antes conhecida como intersexo, atualmente melhor nomeada como desvio do desenvolvimento sexual, aponta a importância da identificação do sexo na antropologia forense para reconhecer vítimas e encontrar assassinos e, para finalizar, discorre sobre a necessidade dos antropólogos físicos entenderem os impactos da transição médica na saúde óssea, sobretudo quando a transição é feita na puberdade.
Elizabeth Weiss é professora do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de San Jose, California (EUA), e ministra cursos de antropologia física. Sua experiência em pesquisa está em análises esqueléticas de osteoartrite, marcadores musculares e seções transversais ósseas para reconstruir estilos de vida e compreender melhor a biologia óssea.
Vamos falar sobre sexo, baby!
Vamos falar sobre sexo, baby! Parte 1, com a antropóloga Kathleen Lowrey, da Universidade de Alberta. Lowry fala sobre grandes narrativas, como fomos da Deusa ao ciborgue, traz as descobertas de 2015 que mostram que Marija Gimbutas, arqueóloga lituana, conhecida por suas pesquisas sobre as culturas do Neolítico e da Idade do Bronze e pesquisas avançadas sobre a religião da Deusa mãe, estava correta.
Estudos mencionados:
CHOUVALOPOULOU, Maria-Eleni; VALAKOS, Efstratios; NIKIT, Efthymia. Skeletal Sex Estimation Methods Based on the Athens Collection, Forensic Sci. 2022, 2(4), p. 715-724. Disponível em: https://doi.org/10.3390/forensicsci2040053.
KAESWAREN, Yuvenya e HACKMAN, Lucina. Sexual dimorphism in the cervical vertebrae and its potential for sex estimation of human skeletal remains in a white scottish population. Forensic Science International: Reports, 2019, vol 1. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.fsir.2019.100023.
TONEVA, Diana; NIKOLOVA, Silviya; AGRE, Gennady; ZLATAREVA, Dora; FILEVA, Nevena; LAZAROV, Nikolai. Sex estimation based on mandibular measurements. Anthropologischer Anzeiger, 2024, vol. 81, n. 1, p19. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37498011.
REDFERN, Rebecca C. et al. ‘Written in Bone’: New Discoveries about the Lives and Burials of Four Roman Londoners. Britannia, 2017, vol. 48, p. 253-277. Disponível em: https://doi.org/10.1017/S0068113X17000216
SCHALL, Jenna; ROGERS, Tracy L.; DESCHAMPS-BRALY, Jordan C. Breaking the binary: The identification of trans-women in forensic anthropology. Forensic Science International, 2020, vol. 309. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2020.110220.
FLAHERTY, Taylor M; BYRNES, Jennifer F.; MADDALENA, Antonella. Misgendering a transgender woman using FORDISC 3.1: A case study. Forensic Science International: Synergy, 2023, vol. 7. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2023.100342.
BOOGERS, Lidewij Sophia et al. European Journal of Endocrinology, 2023, vol. 189, n. 2, p. 290–296. Disponível em: https://doi.org/10.1093/ejendo/lvad116.
LATHAM, Antony. Puberty Blockers for Children: Can They Consent? The new bioethics, 2022, vol. X, p. 268-291. Disponível em: https://doi.org/10.1080/20502877.2022.2088048.
Share this post