A fogueira remete às conversas em roda, onde comemos, conversamos e contamos histórias, do sabat às nossas festas juninas. Ao mesmo tempo, ela é símbolo histórico de perseguição, caça às bruxas e queima de hereges. Aqui no lado b, a fogueira é uma seção em áudio com convidadas e convidados compartilhando sobre perseguição, cancelamento, a vida após o peak trans (na academia e fora dela), o que isso tudo tem a ver com o atual estágio de disrupção das relações bióticas e outros papos de interesse feminista e ecológico. Meu objetivo é navegarmos juntas pela complexidade da caça às bruxas da era ciborgue em meio à crise epocal do capitalismo.
Quem senta comigo na fogueira hoje é Gisela Carvalho, conhecida pelo seu perfil Resiliência RJ, que começou como um bar para mulheres lésbicas no Rio de Janeiro. No nosso papo, ela conta como o Resiliência foi sendo boicotado em silêncio, até fechar de vez as portas com a pandemia do COVID-19 - e o que isso tem a ver com o fato de Gisela ser uma entre tantas lésbicas que não tem medo de falar que lésbicas não têm pênis. Ela nos conta sobre os primórdios do movimento GLS na cidade e como tudo mudou com a chegada do arco-íris neoliberal LGBTQIA+. Dá o play para ouvir essa história.
Lembre-se que você, caso você possa, vale sempre dar uma força para as mulheres diretamente prejudicadas pelo mobilização antifeminista queer. Saiba mais como apoiar a Gisela aqui.
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