A fogueira remete às conversas em roda, onde comemos, conversamos e contamos histórias, do sabat às nossas festas juninas. Ao mesmo tempo, ela é símbolo histórico de perseguição, caça às bruxas e queima de hereges. Aqui no lado b, a fogueira é uma seção em áudio com convidadas e convidados compartilhando sobre perseguição, cancelamento, a vida após o peak trans (na academia e fora dela), o que isso tudo tem a ver com o atual estágio de disrupção das relações bióticas e outros papos de interesse feminista e ecológico. Meu objetivo é navegarmos juntas pela complexidade da caça às bruxas da era ciborgue em meio à crise epocal do capitalismo.
Quem senta comigo na fogueira hoje é a Anne Rammi, a
. Assim como nossa segunda convidada, a Raquel Marques, ela integrou a Bancada Ativista, um mandato coletivo eleito em 2018 — aquele mesmo que alçou e fincou Erika Hilton na política brasileira. Anne escolheu deixar o mandato após algumas situações se tornarem insustentáveis, entre elas o autoritarismo que não permite o dissenso se estabelecer como norma em determinadas fileiras da esquerda.No nosso papo, falamos sobre o apagamento da mulher na linguagem e na lei como última fronteira do patriarcado — um fenômeno intrinsecamente relacionado à crise epocal do capitalismo — e sobre a importância de não subsumir a esse refinamento da exploração das mulheres. Afinal, a história nos ensina que o silêncio não protege ninguém e que quanto mais cedemos, mais submissão demandarão de nós.
Como estamos próximas de mais um ciclo eleitoral, também falamos de eleições e a importância de pensar nas mulheres e crianças antes de apertar os números na urna. Dá o play e acompanha a Anne no Instagram no @mamatraca.
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