Nessas horas eu queria que a terra fosse plana para eu poder pular pela borda. A frase de figurinha de WhatsApp tem definido meu estado de espírito desde, bem, 1987 que eu comecei a enxergar o avanço da agenda transhumana se desenrolar bem diante dos meus olhos, mirando sobretudo crianças e adolescentes, com o financiamento de todas as organizações filantrópicas “progressistas” internacionais, o apoio da esquerda, da academia, da mídia independente e hegemônica, das megacorporações, bilionários e do Estado. É um pesadelo do qual não é possível acordar, onde mulheres não podem mais balizar sua luta por direitos em cima da realidade material concreta e se verem livres de homens em nenhum espaço exclusivo, até mesmo na esfera íntima, ao passo que, sobretudo meninas e mulheres, estão sendo expropriadas dos seus próprios corpos para possibilitar acumulação de capital1.
O pesadelo fica cada vez mais sinistro quando vemos veículos de mídia para mulheres endossando coisas insanas como retirar “sexo” do censo enquanto o número de meninas e mulheres vítimas de exploração sexual e casamento forçado aumenta - dados sob o qual esse mesmo veículo escolheu não reportar. A pessoa do vídeo é um homem jovem que talvez ainda não tenha o lobo frontal do cérebro completamente formado e que não sabe absolutamente nada sobre a experiência de classe feminina, fazendo parte do amplo time de sujeitos que acreditam (com toda a força da sua misoginia) que ser mulher é um sentimento e a “mulheridade” se resume numa saia, flor e batom.
Seria útil se, enquanto mulheres, pudéssemos de fato aceitar ou negar essa “mulheridade” e, dessa forma, conseguíssemos escolher estarmos livres das consequências da hierarquia sexual vigente, a começar pela violência sexual. Na verdade, não só não estamos, como mulheres que não usam saia, flor e batom podem ser brutalmente agredidas no ato mais grotesco de homofobia. Não há fora da violência para as mulheres. A própria ideia de que mulher é sentimento é uma violência gritante, pois ignora completamente todos os esforços históricos das mulheres para lançar luz e serem ouvidas sobre sua condição material de classe, a história da formação da sociedade ocidental patriarcal e a dependência estrutural do capitalismo do trabalho não ou mão remunerado das mulheres. Igualmente desvalida os processos vigentes de socialização feminina e masculina que garantem a manutenção da hierarquia sexual - e cuja existência é apontada por estudos e pesquisas que vão da psicologia infantil à segurança militar e pública.
Como autoridades de organizações mundiais destacam, da OIT à ONU, “a violência contra as mulheres é endêmica e perpassa todas as sociedades, etnias e religiões” - e, como as estatísticas mostram, essa violência costuma ter um caráter sexual e é perpetuada majoritariamente por homens contra mulheres, independente de como estes se identifiquem2. Ao rolar o feed com fotos de vítimas de feminicídio no Brasil, a realidade de quem está abaixo na hierarquia sexual fica bastante incontornável. A misoginia não reside na alma ou na essência de alguns sujeitos. Ela é reflexo de um processo de construção social histórico ao passo que garante a manutenção do mesmo, atrasando os avanços das mulheres para erradicá-la. Reconhecer isso é imprescindível para combatê-la.
Tamanha ignorância deliberada sobre a condição material das mulheres só se mantêm sob um continum de apagamento histórico dependente de um constructo social no qual mulheres não são entendidas e tratadas como seres humanos completos sendo, portanto, menos humanos; para as ecofeministas, mais próximas do status inferior da natureza. Essa, que foi a primeira hierarquização de sujeitos baseada no fato destes carregarem no corpo uma característica socialmente estigmatizada (no caso das mulheres, o sexo), pode ser notada até hoje3: dessa guerra cultural que não existira num mundo livre de hierarquia sexual à ciência.
Tal afirmação pode ser fundamentada com um exercício de observação simples. Enquanto mulheres não conseguem ter um tratamento descente para problemas como câncer de útero e endometriose, porque a ciência e medicina cagaram nunca se preocuparam com as mulheres, a “agenda de inclusão” que demanda que a palavra “mulher” tenha seu uso concedido aos homens enquanto a mulher, ela mesma, se torna a pessoa com útero, pessoa com mama, uma parte de corpo, avança (apesar das consequências negativas que essa decisão pode acarretar para as mulheres como já alertaram várias pessoas da área, de pesquisadores a doulas).
Nós vamos transexualizar o seu bebê
Aqui, diferente de sonhar com Freddy Krueger onde ele te mata e o pesadelo acaba, nós continuamos, rolando esse feed cujos algoritmos só podem ser controlados pelo capeta no ápice do seu sadismo, sempre nos lembrando que vivemos o apocalipse em conta gotas.
Já seria tudo suficientemente ruim e doloroso se o pesadelo se resumisse à misoginia coletiva propagada livremente e o total atraso da luta das mulheres. Mas fica pior. Crianças a partir de zero anos podem iniciar a transição já que não há mais idade mínima para coisas como mastectomia dupla nas recomendações do novo guia da World Professional Association of Transgender Health (WPATH), utilizado por profissionais de saúde no mundo todo4.
O documento com as novas diretrizes clínicas, cuja versão mais recente é denominada Soc8 (standards of care, oitava edição), incluiu também um novo capítulo sobre como afirmar homens que se identificam ou desejam se identificar como eunucos. Conforme explica Róisín Michaux, “eunuco é o nome dado a um macho castrado, e existe uma subcultura de homens que desejam remover alguns ou todos os seus genitais, seja por motivos estéticos ou fetichistas. Outros desejam se submeter ao procedimento para reduzir seus níveis de desejo sexual”.
O guia afirma: "Assim como outros indivíduos de gênero diverso, os eunucos também podem buscar a castração para alinhar melhor seus corpos com sua identidade de gênero. Como tal, os eunucos são indivíduos não conformes de gênero que têm necessidades que exigem cuidados de afirmação de gênero medicamente necessários". Segundo o WPATH, crianças podem se identificar como gênero eunuco - e como não há idade mínima recomendada para realizar intervenções no corpo, podem ser castradas ainda na infância.
Para escrever a versão preliminar do capítulo Soc8 sobre “cuidado” com eunucos, WPATH consultou dois membros do site The Eunuch Archive, uma comunidade de castração que hospeda conteúdo pedófilo, incluindo ficção de castração infantil e pornografia de tortura. Depois que essa conexão foi revelada, o WPATH ainda manteve a referência ao site na versão final do Soc8.
Médicos, pesquisadores e terapeutas que discordam desse (extremamente recente) “método afirmativo” como principal forma de tratar a dissociação corporal são perseguidos e correm o risco de perder o direito da prática clínica. Ao mesmo tempo, apesar da semelhança com as práticas psiquiátricas de super medicalização, as pessoas da “saúde mental crítica”, em tese de esquerda e críticas da capitalização da saúde mental, ignoram por completo as similaridades entre os acontecimentos passados e presentes responsáveis por revelar a relação pornográfica entre a medicina da saúde mental, agências de saúde e Big Pharmas, ou simplesmente fingem que não estão vendo.
A pergunta sincera é como, enquanto sociedade, deixamos de defender o direito à infância e à adolescência e passamos a tratar crianças e adolescentes como adultos capazes de decidir sobre mastectomia dupla e auto-castração? Ou talvez o questionamento deve ser outro: a quem interessa que crianças e adolescentes sejam tratados como adultos plenamente capazes de consentir? A resposta pode ser: aqueles que defendem a ideia de que não existem pedófilos, mas sim “pessoas sexualmente atraídas por menores” e que crianças podem consentir em ter sexo com um adulto - e, é claro, às farmacêuticas e toda a indústria do gênero.
Há um limite de coisas que o cérebro pode processar e a ofensiva lunática e terraplanista acontecendo sob coerção de um lado e aceitação acrítica de outro extrapola o suportável. Como a acadêmica Kathleen Stock disse, a vontade é de abrir uma garrafa de gin às dez da manhã para dar conta. Stock vinha reportando a tentativa da Mermaids de caçar o status legal da LGB Alliance no Reuno Unido, uma organização co-fundada por um dos pioneiros do movimento gay nos EUA, de 74 anos, recentemente agredido fisicamente numa parada LGBT por transativistas. A LGB Alliance reúne um grupo amplo de lésbicas, gays e homossexuais organizados na tentativa de desvincular o “TQ” do movimento LGB.
O plot twist aconteceu no final de setembro, quando a Mermaids passou a ser investigada pelo governo britânico por incentivar crianças a seguirem pelo caminho da transição. A organização afirma não oferecer aconselhamento médico enquanto mantém um fórum online privado onde os jovens e crianças que questionam sua “identidade de gênero” são convidados a discutir com outros jovens assuntos como transição médica e como acessar tratamentos hormonais experimentais para retardar a puberdade.
O órgão competente por fiscalizar organizações do terceiro setor no país está avaliando as reclamações sobre a Mermaids depois de uma investigação do The Daily Telegraph responsável por revelar que a ONG estava enviando faixas elásticas utilizadas para amarrar os seios, itens potencialmente perigosos para crianças de 13 e 14 anos sem o consentimento dos pais.
Os binders (faixas elásticas) são usados por algumas mulheres e meninas para achatar seus seios, porém trazem riscos à saúde como dificuldades respiratórias e danos ao tecido mamário saudável, costelas e coluna vertebral. A Charity Commission abriu um “caso de conformidade regulatória” para investigar melhor as reclamações recebidas. Dias depois do reportagem do Telegraph, registros levantados pelo Times revelaram a relação de um dos administradores da Mermaids com um grupo pró-pedofilia formado por sujeitos que se dizem “sexualmente atraídos por menores”, em 2011 - Dr Jacob Breslow resignou a sua posição logo após o caso vir a público.
A Mermaids foi fundada em 1995 e desde 2016 é chefiada por Susie Green, uma ex-consultora de TI sem formação médica, que levou seu filho de 16 anos para a Tailândia para uma cirurgia genital - ilegal no Reino Unido e agora ilegal também na Tailândia. A organização foi central para adoção ampla do “método afirmativo” no Reino Unido e País de Gales.
O caso contra a LGB Alliance ainda está em andamento. Mas enquanto isso, na Holanda, a única organização feminista no país que não endossa a afirmação que “mulheres trans são mulheres” teve sua conta no banco fechada. Segundo a organização, a ação se deu sem aviso prévio e no aplicativo apenas podia-se ler a mensagem “estamos fechando sua conta bancária. Suas atividades não correspondem ao que defendemos como empresa”. Isso é “curioso”, pois há anos o movimento climático vem tentando fazer bancos pararem de financiar seus clientes implicados na destruição do planeta, como Shell e ExxonMobil - sem nenhum sucesso.
A saga em cima dos não crentes se aproxima do autoritarismo, fundamentalismo e perseguição política utilizados pela extrema direita (ou você concorda ou você deve deixar de existir) - e tem se mantido com o apoio firme de organizações de esquerda, ainda que com dados e informações que não se sustentam para além da narrativa. O roteiro é idêntico no mundo todo: existe um “genocídio trans” em fluxo, e “milhões de dólares financiando a agenda anti-trans”, embora o genocídio não exista5 e o levantamento dos valores investidos pela filantropia internacional diretamente em causas LGBT chegue em 500 milhões de dólares ao ano (o que, pelas cifras, parece ser igual ou até superior à capacidade de financiamento de organizações conservadoras anti-LGBT)6.
Da mesma forma, há toda uma narrativa sobre suicídios, hormonização e bloqueadores de puberdade, numa disputa pelos corpos de crianças e adolescentes. O recente escândalo envolvendo a Tavistock está sendo distorcido para obscurecer o fato que clínica fechou por uma série de denúncias silenciadas acerca de má conduta clínica, documentos vazados, revisão de dados sob melhora de bem estar e saúde mental dos pacientes, ausência de fontes seguras para a afirmação de que o uso de bloqueadores de puberdade não causa danos irreversíveis e inegável interferência de grupos como a Mermaids nas tomadas de decisão da diretoria.
O que aconteceu com o jornalismo?
O papel do jornalismo nessa lambança é imenso e a mídia “progressista” se tornou adepta da censura e das informações falsas. No Brasil, os veículos repetiram tantas vezes as informações infundadas que o Brasil é o país que mais mata trans e travestis e que a expectativa de vida dessa população é de 35 anos, que elas se tornaram uma verdade incontestável apesar de não condizerem com a realidade, como já demonstrado pelo Aos Fatos e Agência Pública, e pelo próprio IBGE (ver nota de rodapé 5).
Eu nem vou falar sobre a questão das mulheres nos esportes e sobre um estudo da USP publicado essa semana que concluiu o óbvio: corpos masculinos têm vantagem em diversos esportes mesmo depois de 10 anos sob supressores de testosterona. Até o momento, não achei nenhum veículo tocando no assunto para corrigir todas as pautas que foram publicadas em apoio à incorporação de pessoas transidentificadas adentrando as categorias femininas onde estas têm claramente maior vantagem.
Poderíamos ainda mencionar o silêncio sobre os destransicionados e o não compromisso em reportar ambos os lados da discussão científica acontecendo ao entorno da saúde de crianças e adolescentes para provar que a omissão da imprensa é inegável.
Outro problema é que o jornalismo brasileiro independente e “progressista” está paradoxalmente dependente do financiamento da filantropia nacional e internacional, cuja a ideia de “identidade de gênero” se tornou inegociável na maior parte das organizações doadoras. Qualquer organização que não abrace a normalização das identidades sexuais sintéticas está num campo minado e precisa pisar em ovos para sobreviver livre de perseguição ideológica e política por se recusar a navegar nessa onda.
Ao mesmo tempo, aqui e lá fora, jornalistas estão sendo impedidas de publicar qualquer pauta que questione essa agenda em veículos de amplo alcance. Entre os motivos do medo estão a possível retaliação pública que o veículo pode sofrer bem como a adoção da falsa crença que lançar luz às incongruências teóricas e científicas, bem como aos interesses do grande capital no tema, significaria perda de direitos para uma população já vulnerável. Mas, quando olhamos com atenção para o que está acontecendo, vemos que o oposto é válido. A irresponsabilidade dos veículos em não acompanhar uma agenda diretamente ligada aos interesses de megacorporações e grupos, no mínimo duvidosos, como a Mermaids, está prejudicando crianças, mulheres e pessoas realmente afetadas pela dissociação corporal ao passo que facilita o oportunismo e reforça a misoginia e homofobia.
Na Nova Zelândia, onde o “método afirmativo” também foi amplamente adotado, o Ministério da Saúde do país discretamente abandonou a alegação que “bloqueadores de puberdade são medicamentos seguros e reversíveis” no site oficial do órgão em setembro, após dois veículos neozelandeses publicarem os artigos da professora emérita de epidemiologia Charlotte Paul e da socióloga da saúde Sarah Donovan.
Na New Zealand Listener, Charlotte destacou as preocupações internacionais com os bloqueadores de puberdade, o aumento notável de casos de arrependimento pós-transição e a capacidade das crianças de consentir com essa intervenção. Na newsroom, Sarah questionou o motivo pelo qual os meios de comunicação locais não relataram marcos no debate internacional, como a decisão de fechar o maior serviço de gênero para jovens do mundo, a clínica Tavistock: “Como o modelo da Nova Zelândia de serviços de gênero para crianças e adolescentes se compara com o [Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido] que está a ser urgentemente reformulado? Que grande peça de jornalismo investigativo local isso daria”, escreveu a socióloga.
O jornalista Bernard Lerner destaca que o caso da Nova Zelândia pode ser ainda mais preocupante do que no Reino Unido, pois “o uso per capita de bloqueadores de puberdade na Nova Zelândia parece ser dramaticamente maior do que na clínica de Tavistock, de acordo com uma análise dos números oficiais de Simon Tegg do grupo Fully Informed, que busca destacar a medicina de gênero juvenil”.
Em 2020, os dados informam que para cada 100.000 adolescentes, a Nova Zelândia tinha 88 crianças de 9 a 17 anos em uso de bloqueadores, em comparação com 7 por 100.000 na Inglaterra e no País de Gales. Apesar do número saltar aos olhos até dos mais desatentos, a verdade é que quanto mais crianças e adolescentes entrando na rota da transição, mais dinheiro - público e privado - para as farmacêuticas.
Estamos falando do negócio do século 50 anos depois do último negócio do século e se a história se repetir, como parece que está acontecendo, ninguém será capaz de detê-lo - e as que tentarem serão igualmente perseguidas. Nos resta tomar outra dose e aceitar o pesadelo permanente de viver numa Terra que é plana só na narrativa e, portanto, impossível de pular pela borda.
Até a próxima,
Marina Colerato
Se você chegou até aqui e gostou do texto, deixe seu like para que essa postagem tenha chance de ser destacada no Substack e alcançar mais pessoas. Lembrando que você me acha também no Instagram pelo @marinacolerato.
A expropriação do corpo acontece sob a mesma lógica da expropriação da terra e com o mesmo objetivo: retirar a autonomia produtiva dos sujeitos enquanto se abre um espaço novo de acumulação. Ao mesmo tempo, entendo a revolução arco-íris como uma revolução dos sexos sintéticos assim como a revolução verde foi a revolução das sementes sintéticas. Dessa forma, o que me parece estar em jogo aqui é o controle da reprodução da vida - tanto de seres humanos como não humanos - por um grupo específico de sujeitos após um fluxo intenso de expropriação.
Ver casos de violência em https://www.peaktrans.org; https://4w.pub e https://reduxx.info.
Ver LERNER, Gerda. A criação do patriarcado. Editora Cultrix; GRAEBER, David. Dívida (2011). Editora Três Estrelas; e O Despertar de Tudo (2022). Editora Companhia das Letras .
O documento elaborado pelo WPATH emite diretrizes e recomendações sobre como tratar homens que desejam se apresentar como mulheres, mulheres que desejam se apresentar como homens, pessoas com distúrbios do desenvolvimento sexual (conhecido como intersexo), bem como uma categoria de pacientes “não-binários”, que afirmam não pertencer a nenhuma das duas categorias biológicas de sexo.
No Brasil, ver https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/estatisticas-sobre-trans-no-brasil/; https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/estatisticas-sobre-morte-provocada-por-homofobia-sao-infladas-conclui-estudo/; http://www.aosfatos.org/noticias/o-que-e-fato-no-que-diz-manuela-davila-de-assassinatos-de-trans-investimento-estatal/ e https://apublica.org/checagem/2018/08/truco-dados-sobre-assassinato-de-lgbts-sao-incompletos/.
É possível consultar informações sobre doações da filantropia internacional no site https://globalresourcesreport.org. Ao analisar os dados, é importante notar que a filantropia conservadora financia uma agenda anti-feminista e anti-LGBT, com grande parte dos recursos indo para restringir o acesso ao aborto seguro. Para ver mais informações sobre a filantropia conservadora acesse https://www.salon.com/2021/06/03/millions-in-christian-right-dark-money-funding-counterattack-on-lgbtq-equality/9 e https://theintercept.com/2022/10/05/amazon-google-facebook-aborto-eua/.