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Abr 11·editado Abr 11Gostado por marina colerato

Sabe, Marina, eu me formei como Engenheiro Agrônomo numa federal conceituada com ênfase em Gestão Ambiental e, logo no fim do curso, a gente teve uma disciplina sobre solos. A aula era basicamente uma repetição de tudo que a gente já tinha visto, mas teve um dia em particular que foi muito interessante, recebemos a palestra de um agrônomo da SLC. Foi um turno inteiro sobre como "limpar" uma área de cerrado para deixar pronta para os plantios da tríade de monocultivos. Quando a SLC se instalou na região do "MATOPIBA", como eles chamam, era comum fazerem esse tipo de coisa nas terras "virgens" que pegavam, mas na época já fazia uns quantos anos que eles não realizavam mais essa prática e compravam as terras "prontas". Quer dizer, lavaram as mãos.

Em boa parte deve ser culpa do povo do sul, onde um hectare agrícola pode valer uns 60 mil a depender da região... e você sobe para o Matopiba conseguindo comprar o hectare a 2 mil. Ou seja, pequeno fazendeiro no sul, grande latifundiário no Matopiba.

E digo que boa parte deve ser culpa do sul porque você acaba elencando pessoas para serem testa de ferro, então a SLC vai comprar uma terra que já tá pronta dessa pessoa e não desmatar diretamente. Certamente nessas instituições e órgãos regulatórios eles devem colocar que a terra já era agrícola ou agricultável, ou seja lá o nome que forem dar para área pronta.

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