Sobre o lado b e Marina Colerato

artigos opinativos, reportagens, traduções e conversas de interesse ecofeminista por uma jornalista e pesquisadora non grata. escrevo sobre política, ecologia, transumanismo, Rojava e mulheres. à esquerda e avante.

origem e propósito

o lado b surgiu em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, quando a necessidade de escrever sobre temas urgentes e pessoais se tornou inadiável. começou como espaço para textos jornalísticos, não jornalísticos e pessoais sobre política, feminismo, ecologia, ódio e amor. segue assim: um lugar para quem busca perspectivas que incomodam.

aqui você encontra análises para entender nosso tempo e traduções de autoras que refletem, pesquisam e cobrem temas que a grande mídia evita. assinantes têm acesso a textos pessoais, autoficção e conteúdos exclusivos que não compartilho em nenhum outro lugar.

mais que uma newsletter, o lado b é um convite para você colocar seu mundo em palavras. todo mundo é um pouco escritora. às vezes falar é difícil e escrever é a única saída possível.

quem sou

marina colerato, 37 anos, mulher com consciência de classe sexual e econômica. paulistana vivendo em Guarulhos, solteira orgulhosa, com uma família não convencional que prefiro chamar de comunidade de apoio mútuo. relativamente anti-social, punk rocker e maconheira desde adolescente, vegana desde 2013.

formação: mestre em ciências sociais pela PUC-SP com bolsa CAPES (2023), com pesquisa sobre justiça climática, ecofeminismo e movimentos de mulheres. minha formação jornalística veio da prática - comecei blogando aos 13 anos e nunca mais parei.

práxis ecofeminista: meu entendimento de mundo e liberdade é atravessado pela minha história, pela história da minha mãe e de outras mulheres. estudo ecofeminismo desde 2016, com base teórica em Maria Mies, Vandana Shiva, Mary Mellor, Val Plumwood, Ariel Salleh e ecofeministas latino-americanas como Ana Isla, Tica Moreno e Julieta Paredes.

minha análise social parte de Marx, feministas marxistas, radicais e lésbicas, práticas anarquistas e comunitárias, chegando ao Confederalismo Democrático e Jineolojî da revolução de Rojava. realista implacável, vivo entre o niilismo e a revolução com fé na Deusa e nas malucas de boa fé.

trajetória

2014-2023: fundei e coordenei o instituto modefica, organização de jornalismo e pesquisa para justiça socioambiental com perspectiva ecofeminista. durante quase uma década, escrevi sobre temas variados, coordenei pesquisas robustas, apareci no Fantástico, editei centenas de reportagens ambientais e climáticas, participei de quase uma centena de eventos como mediadora ou painelista.

2023: o modefica deu uma pausa necessária para entender o momento atual do jornalismo independente e a influência da filantropia no discurso de justiça social. simultaneamente, fui ostracizada, silenciada e caluniada por camaradas da esquerda por não aderir à agenda transmoderna e me posicionar contra a misoginia, a medicalização de crianças e o apagamento da história das mulheres. a pancada foi forte, mas sigo uma ecofeminista ainda mais feroz.

2024: fundei a ginna, editora ecofeminista independente que supre uma lacuna no mercado editorial brasileiro em obras feministas e ecológicas sob perspectiva materialista e radical. também comecei a trabalhar como coordenadora de comunicação em uma ONG europeia e reescrever os caminhos do instituto.

📍meu site pessoal com todo meu trabalho é o marinacolerato.com.br.

além da escrita

não abandonei completamente meu passado nas artes: faço cerâmica experimental, fotografo no @wmnnnnnnn_ e coleciono referências no pinterest. também mantenho playlists no spotify que refletem meu estado de espírito político e existencial. me acompanha lá.

missão do lado b

este espaço existe para quem não aceita narrativas prontas e busca perspectivas que o mainstream prefere silenciar. aqui, questionamos consensos progressistas quando necessário e mantemos viva uma perspectiva ecofeminista radical que conecta crise climática, opressão das mulheres e crítica anticapitalista.

o lado b é sustentado pela própria comunidade leitora - considere apoiar o trabalho de uma jornalista e pesquisadora non grata.

à esquerda e avante, sempre.

contato: @marinacolerato | marinacolerato@gmail.com