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📌 Painel de Refs [Novembro 2]
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📌 Painel de Refs [Novembro 2]

fogo, gozo e cannabis - chegou seu lado b semanal

Marina Colerato
Nov 12, 2021
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🎶  MÚSICA

Ouvindo o lançamento do Metronomy no repeat, já ansiando para o verão. Inclusive, daqui a pouco começa a contagem regressiva para o fim desse ano de medo e desespero. Mas voltemos ao Metronomy… onde tem tocado indie para dançar em São Paulo? Ou será que chegamos ao fim de uma era? Quem tiver dicas de baladinhas indie rock para cringes deixa nos comentários (ou responde esse e-mail) e me salva SOSOS

🎥 FILME DA SEMANA

#publi: Estreou hoje, 12, o documentário Jaguaretê-Avá – Pantanal em Chamas (@jaguareteava). O filme, do diretor Lawrence Wahba, retrata a situação do Pantanal, bioma que está sendo duramente castigado pela seca e pelos incêndios. Em 2020, foram mais de 4 milhões de hectares queimados. Em 2021 a situação é melhor, mas ainda caótica: são mais de 1,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo até o momento. Esse território devastado em 2021 corresponde a mais de duas cidades do Rio de Janeiro. É fauna e flora sendo carbonizadas em uma situação difícil de presenciar.

Porém, como o documentário mesmo retrata, há uma série de pessoas trabalhando intensamente para resgatar animais e conscientizar sobre melhores práticas de manejo de solo. Associações e ONGs, assim como pessoas voluntárias, veterinárias, biólogas e brigadistas seguem atuando em diferentes localidades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Da nossa parte, é extremamente importante apoiar essas ações e dar visibilidade ao tema, que não pode sair do debate público. Para garantir cenários melhores para os próximos anos, autoridades locais precisam agir e é preciso continuar cobrando ações de preservação do bioma. Também é necessário apoiar as pessoas atuando in loco. 

Quem me acompanha no Instagram ou no Twitter já me viu falando do Pantanal mais de uma vez, sobretudo pedindo apoio para ajudar ativistas a levarem água para os animais. Temos tentado chamar atenção para o bioma também no Modefica porque sabemos que frente a tantas notícias sobre meio ambiente, a situação do Pantanal e ações que precisam ser tomadas correm o risco de ficarem de lado. 

Dá pra assistir o trailer abaixo e os assinantes Globoplay podem assistir o documentário na íntegra aqui. 

🔲  GALERIA DE INSTA

Nessa galeria, dá para ver um pouco do trabalho do pessoal da SOS Pantanal no combate e controle dos incêndios no bioma. Não tem animais mortos ou queimados nas imagens, mas é possível ver a dimensão do estrago. Ainda que menor do que no ano passado, a quantidade de área atingida ainda é SUPER alta para os padrões considerados “normais” para o ano. Mas eu também quero deixar esse vídeo aqui para mostrar o outro lado, os animais se refrescando na água depois de tanto sufoco.

sospantanal
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📃 TEXTO DA SEMANA

Essa semana trombei com 3 conteúdos diferentes sobre maconha e prazer sexual feminino muito interessantes. O primeiro é de uma sexóloga e pesquisadora, responsável pelo projeto CannaSexual, co-autora do livro “Sex: How Cannabis, CBD, and Other Plant Allies Can Improve Your Everyday Life”. Em entrevista ao Metropoles no ano passado, ela contou sobre a pesquisa e algumas descobertas.

Por exemplo, fumar maconha pode levar a mulher a ter menos dor nas relações sexuais e mais vontade de transar. Outra ótima notícia: “pode dobrar as chances de uma mulher atingir orgasmos em comparação com aquela que não faz uso da erva”. Ahsley destaca, no entanto, que há vários jeitos de aproveitar os benefícios da cannabis sem necessariamente fumá-la. Óleos, lubrificantes e outras formas de consumo também se mostram válidas.

Pesquisadores de Standford chegaram a conclusões parecidas em outro estudo: “O aumento da frequência do uso de maconha está associado à melhora da função sexual entre usuárias do sexo feminino, ao passo que o tipo, o método de consumo e a razão do uso não afetam os resultados”.

E por que isso importa? Porque “mulheres heterossexuais chegam ao clímax em somente 65% das vezes que mantêm relações. Por outro lado, no primeiro lugar estão os homens heterossexuais, com uma porcentagem de orgasmos de 95%, seguidos pelos gays (89%), os homens bissexuais (88%), as lésbicas (86%) e as mulheres bissexuais (66%)”, conforme destacou a pesquisa “Archives of Sexual Behavior”, de 2018. Há uma série de outras pesquisas que mostram a mesma coisa e escancaram o chamado “gap do orgasmo”, onde as mulheres heterossexuais são as mais prejudicadas.

Bem, a gente sabe que há uma série de motivos para esse gap: a pornografia como modelo de relação sexual, foco excessivo no prazer masculino e na penetração, vergonha do próprio corpo, timidez, dor e socialização feminina. Também é preciso colocar nessa conta o abuso sexual que meninas e mulheres sofrem: 9% das mulheres brasileiras com mais de 18 anos relataram ter sofrido violência sexual.

Em se tratando de crianças, uma em cada três crianças no Brasil é abusada sexualmente até os 18 anos de idade, sendo que a maioria dos abusadores são parentes próximos e a maioria das vítimas são meninas de até 13 anos. Sendo assim, “em longo prazo, as mulheres podem desenvolver distúrbios na esfera da sexualidade, apresentando ainda maior vulnerabilidade para sintomas psiquiátricos, principalmente depressão, pânico, somatização, tentativa de suicídio, abuso e dependência de substancias psicoativas”.

Se o uso da cannabis - independente da forma - pode aumentar o prazer sexual feminino (e as maconheiras na casa podem confirmar, assim como eu, essa experiência empírica), vemos uma luz no fim do túnel para gozar mais enquanto tentamos destruir esse sistema patriarcal que nos violenta, nos adoece e dificulta nosso gozo. Até porque mulheres desejantes são uma ameaça ao sistema. Inclusive, o livro “Por que as mulheres tem melhor sexo sob o socialismo” tá com desconto de 50% na Feira do Livro da Usp e eu indico essa comprinha.

Animou e quer testar umas coisinhas canábicas? Nunca usei, mas sei que tem a Xapa Xana, além dos produtos da Blazing Beauty (que tá tudo com desconto!).

🎧 PODCAST DA SEMANA

No zap, a psi: “Marina, ouça esse podcast, lembrei de você”. Na hora respondi: “medooo, vou ouvir”. Medo porque se identificar em determinados lugares não é fácil e, muitas vezes, dói enquanto em tantas outras a gente entra em negação. Fora aquelas assuntos que a gente nem tá preparada para pensar sobre. No entanto, ouvi e acabei ouvindo outros episódios além do indicado. O podcast é o “Meu Inconsciente Coletivo”, da Tati Bernardi na F. de São Paulo. Faltam alguns apontamentos sociopolíticos no debate? Faltam. Lembrem-se disso na hora de ouvir. Ainda assim, indico demais e para todas as pessoas, independe do órgão sexual entre as pernas.

🔥 NOT SAFE FOR WORK

As artes da Kalli Pygia no @kalli.pygia. Na galeria, dá para ver o processo até o resultado final e é beeem interessante.

Até a próxima,
Marina Colerato 

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