📌 Painel de Refs [Novembro 1]
não aguento mais não aguentar mais - chegou seu lado b semanal
🚩 AVISOS
Na semana passada era para ter rolado o papo sobre realismo capitalista + neurociência para gente conversar sobre algumas encruzilhadas em se tratando de mensagens e contextos em determinadas demandas sociais. Mas sabe aquelas fases da vida onde nossa capacidade de produzir fica extremamente reduzida? É por isso também que outubro inteiro não teve track nem painel, a falta de ânimo prevaleceu.
Pois é, o tempo cinza, o contexto sociopolítico, o cenário ambiental e alguns desencontros da vida têm me deixado sem força e foco, duas coisas que a gente precisa muito na hora de sentar, pensar, escrever, fazer sínteses e, sobretudo, enfrentar a realidade posta. Às vezes o dia passa como aquele meme: não aguento mais não aguentar mais ou não aguento mais, mas vou ter que continuar aguentando. Soma-se a isso o fato de que o trabalho com o Modefica é sem fim, e fiquei completamente tomada pelas demandas da organização, sem contar o mestrado. Mas calma lá! Esse encontro vai rolar. Vou reorganizar a agenda e encaixar essa conversa assim que possível. Só mais um pouco de paciência. Agora vamos para as dicas.
🎶 MÚSICA
Eu vi que algumas pessoas começaram a acompanhar a playlist Unplugged então talvez essa seja uma ótima dica para quem curte versões: o The Metallica Blacklist, lançado em setembro em comemoração aos 30 anos do The Black Album. No total, 53 artistas interpretam as suas faixas preferidas e entre as melhores está o Cage The Elephant no cover de The Unforgiven.
🔲 GALERIA DE INSTA
Uma sequência belíssima de fotografias de mulheres revolucionárias nas montanhas curdas para esquentar para o texto da semana. Aproveito para já deixar a dica de @ da semana aqui também e dentro dessa temática, o @RojavaIC.
📃 TEXTO DA SEMANA
A reportagem “Lições curdas para a libertação das mulheres”, da Luciana Brito para o Le Monde Diplomatique é de 2020, mas tenho certeza que muitas e muitos de vocês não a leram então trouxe para cá já que há pouco tempo compartilhei um pouco sobre Rojava no meu Instagram. A reportagem resume de forma simples a história curda bem como a importância das mulheres na luta anticapitalista, antiestatista e antipatriarcal no Oriente Médio. Como vem aí a feira do livro, quem se interessar pode ficar de olho nessa leitura aqui, que está na minha lista de próximas aquisições, ou ainda nessa aqui (que eu já havia comentado).
🎧 PODCAST DA SEMANA
Faz um tempinho que compartilhei essa dica lá no Instagram, mas essa conversa com o Murilo Duarte, autor do “Filosofia Black Bloc”, tá tão boa que quis reforçar aqui para quem não viu. O link direto para o ep do Fagulha é esse aqui: shorturl.at/kzLP5. Também vale dar uma fuçada porque tem muitos outros temas importantes sendo debatidos por lá (inclusive o último ep é sobre a Zad, veja mais abaixo).

Fagulha Podcast @FagulhaP
Saudações anarquistas! Nesse episódio, Danse e Luther Blissett conversam com Murilo Duarte Costa Corrêa sobre a ‘filosofia black bloc’, suas relações com a tática, 2013, e as estratégias de contra-rostidade e desaparecimento. #anarcosfera https://t.co/mwMHT8egVm🎥 FILME DA SEMANA
No feriado, assisti “A irresistível face do mal” cuja trama é dedicada a contar a história do serial killer norte-americano Ted Bundy, que confessou ter assassinado mais de 30 mulheres nos EUA. O filme é bastante direcionado a retratar a vida pessoal e o processo de julgamento de Ted. Não é difícil se reter, então, à esposa Liz. Apesar de existir diferenças importantes entre filme e vida real, sobretudo ao retratar o relacionamento entre os dois, não é difícil se colocar no lugar da mulher que de repente descobre que seu marido é um assassino de mulheres em série. Liz se afastou, mas emocionalmente ficou ligada a ele por anos.
A mulher hétero que nunca deu chances aparentemente injustificáveis a um homem pelo seu envolvimento emocional com ele que atire a primeira pedra. Empilho leituras para entender o porquê às vezes pode ser tão difícil superar uma pessoa, mesmo aquelas que claramente são problemáticas ou não nos fazem bem. Existem algumas respostas e são nelas que a gente também descobre formas de romper com esse tipo de ligação (e, eu diria, de socialização), mas ainda assim pode ser difícil pra cacete (sobretudo quando o cara tem habilidades aprimoradas de manter mulheres em cárcere emocional). Lembrei de novo dessa track aqui e novamente me peguei pensando nas complexidades da dominação masculina. Enfim, essa reflexão sempre dá muito pano para a manga. Voltamos a ela em breve.
🔥 NOT SAFE FOR WORK
▶ EXTRA!
Para o lançamento do livro “Tomar a Terra” - escrito pelos moradores da ZAD (Zona a Ser Defendida em Notre-Dame-De-Landes) e lançado no Brasil pela editora Glac - rolou um papo bem massa com o Erahsto, da Teia dos Povos e a Amanda, antropóloga e militante.
A ZAD surgiu a partir da ocupação e mobilização local contra a construção de um aeroporto ainda nos anos 60 no interior da França. Há poucos anos, foi vitoriosa na demanda e o projeto do aeroporto foi oficialmente cancelado. O que fazer e como se organizar agora? Como chegar no consenso entre grupos tão heterogêneos agora que a recusa não se sustenta mais como vínculo? Como a experiência e existência da ZAD pode ajudar a inflar um movimento revolucionário? Todas essas questões estão em "Tomar a Terra", escrito pelos moradores da ZAD, com prefácio à edição brasileira que contextualiza o debate para o Brasil e propõe trocas.
O @erahsfeliz e @_alana_moraes deram uma super aula e eu recomendo demais que vocês ouçam o papo. Aprender a fazer aproximações entre os diversos movimentos insurgentes e revolucionários pode nos ajudar encontrar soluções para os nossos desafios locais (que são muitos, convenhamos).
Para quem quiser comprar o livro, fica esperto que a partir do dia 08, a Glac vai estar na Feira do Livro da USP. Para ver (ou ouvir) o papo, vai no YouTube da Glac.
Até a próxima,
Marina Colerato
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